Sol.
Vida.
Compreender.
Ser compreendido.
Aconchego.
Alegria.
Descobrir.
Redescobrir.
Perder-se.
Encontrar-se.
Caminhar.
Parar.
Sentar.
Correr.
Tentar.
Permitir.
Estudar.
Ensinar.
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E aqui estou... Depois de um dia inteiro de readaptação a Budapeste, venho escrever sobre a experiência mais incrível que tive nos últimos três meses: Barcelona.
OBS.: A expressão "check-in em Barcelona" usada no texto anterior, fazia alusão à viagem já programada. Antes que eu seja taxada como hipócrita etc etc etc.
Barcelona foi incrível. 4 dias em um lugar onde me senti acolhida, me senti compreendida, onde compreendi e vivi. Conheci 12 pessoas maravilhosas com as quais passei meus melhores momentos na cidade. 2 britânicos, 2 australianos, 1 marroquina, 3 norte-americanos, 1 chileno, 1 espanhol, 1 iraniano e 1 brasileira. 4 dias de inglês intensivo, risadas intensas, conhecimento e troca de cultura impagáveis.
Cheguei na quarta-feira e fui embora domingo de manhã. Em Barcelona eu vivi e senti o que jamais esperei sentir em tal lugar. Nunca tive o sonho de ir a Barcelona, nunca gostei de Gaudí, nunca tive curiosidade pela cultura espanhola. Hoje penso que quem sabe meu lugar no mundo seja lá. Ok, talvez só minhas férias possam ser lá. Mas lá eu me sinto bem.
Não foi como em Roma, quando eu amei e vivi o lugar, mas não fiquei triste ao retornar para casa. Nem como em Praga, quando senti os últimos momentos se arrastarem. Em Barcelona eu vivi intensamente até o último segundo.
Em Barcelona me perdi inúmeras vezes nas ruelas do centro. E nessas perdidas, me encontrava cada vez mais. Em Barcelona chorei e sorri. Em Barcelona senti falta de casa em alguns momentos, e em outros acreditava que a saudade e a distância não eram coisas tão complicadas de lidar.
Barcelona me fez feliz.
Bom, depois de tentar falar um pouco do que eu senti naquele lugar incrível, vou falar rapidamente sobre o que fiz nos 4 dias.
Dia 1, quarta-feira, 16 de abril:
Cheguei no hostel (Equity Point Centric, 17 euros a diária do dia 16, 19 euros para os outros 3 dias) para fazer o check-in, mas era 9 da manhã e o check-in ocorria só as 14h. Resolvi sair para comer algo e conhecer alguns pontos turísticos mais próximos de mim. Então conheci a Casa Batlló, de Gaudí, e quando fui ver a Pedreira (Casa Milá, também de Gaudí), sua fachada estava em obras. Caminhei um pouco sem rumo, fui ao mercado, andei em ruas não tão turísticas. Cheguei no hostel as 13h e deixaram que eu fizesse o check-in naquele momento. Deitei na minha cama e dormi até as 19h (sim, eu sei, perdi 6 horas preciosas). Então encontrei Austin, um norte-americano muito doido que me chamou pra sair com outras pessoas. Então eu conheci Ryan, Brendon, Bryan, Max, Lilly e Roberta. Saímos, bebemos uma cerveja (2,90 eur, tristeza! Aqui a mesma quantia sai por 2,90 reais) e voltamos cedinho para o hostel.
Dia 2, quinta-feira, 17 de abril:
Acordei as 9, tomei café da manhã no hostel e fui conhecer a cidade. Caminhei até a Sagrada Família e os ingressos estavam esgotados. Então fui almoçar algo e parti rumo aos prédios modernistas no bairro Eixample (roteiro aqui). Depois fui ao Arc de Trionf, o Parc de la Ciutadella, El Born (roteiro aqui) e por último conheci o Bairro Gótico (roteiro aqui). À noite, voltei pro hostel muito cansada e decidi ficar dormindo.
Dia 3, sexta-feira, 18 de abril:
Acordei cedinho, pois tinha feito reserva na Sagrada Família as 9 da manhã, e dava uns 40 minutos de caminhada. Acabou que peguei o metrô mesmo! (Aí comecei a abrir um pouco a mão, não dá pra ficar em Barcelona e ficar mesquinhando, haha). Chegando lá, fui a primeira a entrar!!! A primeira reação do meu corpo a tamanha grandiosidade, foi fazer com que eu ficasse COMPLETAMENTE arrepiada, e em seguida, comecei a chorar. Chorei como se não houvesse o amanhã. 30 minutos chorando, até que eu consegui me recompor. Gaudí foi divino na sua sensibilidade ao trazer a natureza de uma forma tão delicada pra dentro de uma construção tão grande e aparentemente pesada. Pilares que parecem árvores, vitrais que imitam as folhas filtrando a luz solar, acústica perfeita, harmonia incrível. Não tenho palavras pra descrever o que eu vivi naquele momento. Desculpem o termo um tanto quanto vulgar, mas foi um orgasmo arquitetônico. Nunca pensei que sentiria algo tão forte pela arquitetura.
Fiquei 3 horas lá dentro. Meio dia saí, almocei algo rápido e fui ao Park Güell. Outro lugar incrível. Mas lá eu chorei de tristeza. Tristeza por ver tantas famílias - muitas brasileiras, inclusive - e eu ali sozinha. Não fiquei mais de duas horas dentro do parque (que normalmente toma quase um turno inteiro, ou às vezes um dia inteirinho). Voltei para o hostel e lá conheci mais 6 pessoas: Meganne, Manal, Daniel, Senhor Iraniano de uns 40 anos cujo nome eu infelizmente não lembro, e Santi, o espanhol que arranhava um português muito lindinho. De lá saímos e tomamos sangria com umas tapas espanholas, que incluíam lula, iscas de peixe e alguns moluscos estranhos. Comi e gostei, olha que bizarro! (PS: Pra quem não me conhece: não suporto frutos do mar :)
Dia 4, sábado, 19 de abril:
Acordei cedinho e saí com Meganne, a norte-americana mais fofa desse mundo. Andamos, andamos e andamos mais um pouco. Conheci o Pavilhão de Barcelona, pelo tio Mies, o Mercat de la Boqueria, a Fabrica Moritz, a Torre Agbar (o grande objeto fálico de Barcelona, rs), o Mercat dels Encants e La Rambla. Nesse dia, Meganne me ensinou muitas coisas sobre o inglês, enquanto eu tentava ajudar ela a entender um pouco de espanhol. Perdi meu preconceito com os norte-americanos. Eles não são tolinhos muito menos frescos e fúteis como eu pensava. Meganne me ensinou a largar os pré-conceitos e permitir-se compreender outras culturas.
Ao fim do dia, voltamos ao hostel, compramos coisas para fazer um grande jantar, e comemos comida australiana, marroquina, e para a sobremesa, introduzi o brigadeiro aos gringos. Foi um sucesso!
Depois do jantar, fui para meu quarto arrumar minhas coisas para a viagem de volta. :(
Aqui vão algumas fotos dessa cidade incrivelmente maravilhosa. Espero que tenham gostado do relato!
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| La Sagrada Famila - Escadas da torre da fachada da Natividade. |
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| Pavilhão de Barcelona - Mies Van Der Rohe. |
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| Eu e Meganne, no Pavilhão do Mies. |
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| Casa Batlló, Gaudí, na esquina do hostel! |
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| Casa Calvet, do Gaudí. |
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| Arco do Triunfo de Barcelona. |
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| El Born (n precisava legenda, mas né haha) |
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| Eu e a Sagrada Família ao fundo, foto feita por um asiático que não entendeu que eu queria que a Sagrada Família aparecesse bastante na foto. |
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| Sagrada Família - Interior. |
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| Sagrada Família - Interior - Vitrais. |
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| Sagrada Família |
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| Park Güell |
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| Pra não dizerem que eu peguei as fotos do parque da internet! Ó meus pés aí :P |
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| Sweet Meganne ♥ |
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| EL PIRU (Ou Agbar Tower) |
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| Lindos! Obrigada por fazerem minha viagem mais especial! Da esquerda para a direita, Meganne, Ryan, Max, Menino (?), Daniel, Manal, Humberto, Roberta. |
Com amor,
Cami.
















Que lindo filha. Agradeço a DEUS pela tua proteção. Com calma, você vai ter,com certeza, muitas emoções maravilhosas.
ResponderExcluirLindo, to aqui imensamente feliz por ti. Quanto aprendizado!!!! Beijos te amo.
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