quarta-feira, 11 de junho de 2014

Chego em Setembro, e agora?! Onde morar?

Oi pessoal! Pra quem ainda não me conhece, sou do edital passado (146) da Hungria e já recebi um número considerável de perguntas sobre onde morar, o que procurar em um ap, até quanto pagar, com quem morar, etc. Então vou fazer um post sintetizando A MINHA (minha, lê-se: da minha pessoa, o que EU penso) opinião sobre essas questões.

1. Onde morar?

Minha opinião: Distritos 5, 6, 7, 8, 9 e 13.

Por quê? Budapest é uma cidade que tem como estrutura 3 anéis rodoviários principais. Um interno, que passa pela Muzeum krt, um intermediário, que passa pela Teréz krt, e um mais externo que é composto pela Hungária krt. No anel intermediário, passa o tram 4 e o tram 6 (tram 4-6, vcs já devem ter lido sobre isso e achavam que era um só. são dois.). Estas duas linhas funcionam 24 horas, e eu nunca esperei mais de 10 minutos mesmo em feriados. Os distritos que tem acesso direto ao anel são: 5, 6, 7, 8, 9 e 13. Estes distritos também encontram os outros dois anéis, inclusive. Mas pelo fato de contar com transporte 24h, a região mais aconselhável ao meu ponto de vista, é em qualquer um destes distritos, perto da linha do tram. A minha segunda sugestão é morar no anel interno, que de qualquer forma, é perto da linha do tram 24h, conta com outras linhas de tram bem populares (porém não 24h) e conta com a maior estação de metro da cidade (Deák). E porque todos os distritos estão no lado Peste? Porque o lado Peste é o que tem a melhor vida noturna da cidade, e até vida diurna, eu diria. A maioria dos serviços estão neste lado, bem como o centro da cidade.

Edit:
Dá pra morar bem de boa no anel viário interno, viu? A cidade conta com transporte noturno, que funciona muito bem! Não sei se é tão rápido e eficiente quanto as linhas 4-6, mas ilhado você não fica. :)

2. O que é realmente importante na hora de alugar o apartamento?

Minha opinião: 1. Aquecimento; 2. Janelas; 3. Proximidade com os principais serviços; 4. Geladeira; 5. Fogão.

Por quê? 1. Porque no inverno é frio para caramba, você não vai querer virar um picolé.
2. Porque no verão é quente para caramba, você não vai querer ficar em um quarto sem alguma esperança se quer de ventilação.
3. Porque você vai sentir fome e vai precisar ir ao mercado comprar comida. Porque você pode ficar doente e precisar ir à farmácia por conta própria, com febre, dor de garganta, pode estar chovendo, pode estar frio, pode estar um sol do capeta. Veja se tem ao menos uma farmácia a menos de 15 minutos da sua casa.
4. Porque você precisa de espaço, já vi apartamento com 4 (QUATRO) quartos e 1 (UM) frigobar. E não adianta só ter geladeira, tem que funcionar, porque você não quer ter uma intoxicação alimentar por seus alimentos terem estragado em função de sua geladeira não gelar.
5. Porque você precisa cozinhar, e você vai morar com sabe-se lá quantas pessoas e certamente alguma pessoa vai insistir em querer cozinhar na mesma hora que você.

PLUS:
♥ ♥ AR CONDICIONADO ♥ ♥
Meu apê é o único apê com ar condicionado, nem chegou o verão ainda e fez 39 graus ontem. Meus amigos compraram ventiladores que emanam o sopro do capeta em seus rostos, e eles tem que se contentar.

3. Até quanto devo pagar?

Minha opinião: O menos possível RSSSSSSSS. Ok, números: 0-300 EUR.

Por quê? Porque você vai querer viajar/comer/viver la vida loca. Conheço gente que conseguiu quarto por 150 euros com tudo incluso. Eu pago 300 por pura falta de opção, pois cheguei no fim de Janeiro e a maioria dos apartamentos estavam alugados. Acho que 300 é o preço máximo que uma pessoa deve se sujeitar a pagar em Budapeste. A média dos preços gira em torno de 250 euros (com todos os custos inclusos), e eu acho um bom valor.

4. Com quem morar?

Minha opinião: Com pelo menos um não-falante da língua portuguesa.

Por quê?  Eu moro com brasileiros, e é incrível. Me sinto em casa, a conversa é muito mais direta, quando preciso desabafar, quando estou me sentindo mal, são eles quem estão mais perto, conversar em português é muito bom. Mas então por que morar com pelo menos um estrangeiro, Camila?
Porque eu estou aqui há 4 meses e meu inglês tá uma INHACA. Fora que não tenho amigos estrangeiros com quem eu saio com frequência, ou converso com frequência etc. Tenho conhecidos da faculdade e só. Por pura acomodação minha, eu admito. Onde eu quero chegar é que se você sair do Brasil pra morar e conviver com Brasileiros, não faz muito sentido estar fora do Brasil, não é? Dá sim pra ter amigos estrangeiros morando só com brasileiros. Tenho vários amigos que fazem isso, mas o esforço é muito maior pra conseguir esse feito. Tem que ir aos Meeting Points, enturmar bastante durante as aulas, ter amigos que moram com estrangeiros. Enfim. Meu conselho é: Um brasileiro e um ou dois de fora. O avanço no inglês é notável em quem veio com o mesmo nível que eu e morou desde sempre com estrangeiro. Você se força a conversar em inglês.

Presentinho:

Sites para vocês se deliciarem na busca de flats, os dois primeiros são os principais.


E pra quem quer se aventurar na internet húngara:

Ingatlan = Corretora de Imóveis
Kiadó = Aluga-se
Szoba = Cômodo (A sala é um cômodo, a cozinha também, o quarto também) 

OBS.: Room em inglês também é CÔMODO!!!!
Ou seja, um flat com 2 rooms, provavelmente tem 1 quarto e 1 sala. Procurem sempre por BEDroom.

E no Facebook:


É isso! :)

Beijos de luz e me paguem uma cerveja quando chegarem.

Com carinho,
Cami. ♥

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Sobre sentir-se bem.

Barcelona.
Sol.
Vida.
Compreender.
Ser compreendido.
Aconchego.
Alegria.
Descobrir.
Redescobrir.
Perder-se.
Encontrar-se.
Caminhar.
Parar.
Sentar.
Correr.
Tentar.
Permitir.
Estudar.
Ensinar.

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domingo, 13 de abril de 2014

83 dias longe de casa.



Nunca achei que fosse sentir na pele esse sentimento tão forte e tão doloroso... Mas tudo faz parte do grande processo de autoconhecimento e de amadurecimento no qual eu me propus a entrar de cabeça.

Todo mundo fala que os três primeiros meses fora de casa são os mais duros (estou aguardando ansiosamente os últimos 7 dias que restam dessa fase). Mas também é nesse período onde saímos da parte superficial do que entendemos por autoconhecimento e começamos vivenciá-lo cada vez mais.

Tentei enumerar o que aprendi do dia 22 de janeiro até hoje, mas minha mente está muito turbulenta para que eu consiga expressar algo por enquanto.

Mas o que eu tenho a dizer do que vivi até agora: Está valendo cada segundo; cada lágrima derramada ao lembrar de quem ficou no Brasil; cada quilômetro pedalado, rodado, voado; cada quilo ganho; cada palavra nova que descubro durante as aulas; cada noite mal dormida fazendo as tarefas da faculdade; e principalmente, cada momento em que eu luto contra a vontade de largar tudo e correr para os braços da minha família. Cada coisinha dessas (e todas as outras que não citei) são, para mim, minhas pequenas conquistas, e estão fazendo dessa experiência muito enriquecedora para mim.

Peço desculpas se vocês esperavam por algum post entusiasmado falando sobre alguma coisa incrível que aconteceu comigo nos últimos dias... Por agora isso é tudo o que eu pretendia falar.

Se bem que, se parar pra pensar, viver um dia após o outro, superar cada obstáculo (que nós mesmos colocamos em muitas das vezes) é sim algo incrível. São coisas incríveis que acontecem cada dia comigo. E isso faz parte dessa experiência. Se vocês pretendem algum dia entrar nessa experiência também, tenham em mente que estes momentos não podem ser ignorados, e que muitas vezes, eles valem mais do que fazer check-in em Barcelona ou tirar foto com a Torre Eiffel ao fundo.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Landscape Architecture

Quase um mês sem postar nada! Desculpem!

Bom, vim aqui pra falar rapidamente sobre o curso que eu estou fazendo aqui em Budapeste. 
Pra quem ainda não sabe, faço Landscape Architecture na Corvinus, e atualmente estou cursando 4 matérias, cujas aulas vão de terça à tarde até quinta de manhã. Isso mesmo, meu fim de semana começa na quinta à tarde e vai até terça ao meio dia, ô beleza!

Vamos lá, vou começar dando uma visão geral de tudo o que tá acontecendo, das pessoas, dos professores, e em seguida falo de cada matéria.

Primeiro de tudo quero alertar que faço as matérias optativas do curso aqui, as matérias obrigatórias de LA são todas em húngaro, e não nos foram disponibilizadas. Ou seja, não tenho um colega húngaro se quer. Ou seja 2, não sei dizer como é o curso de LA propriamente dito, tendo em vista que se uma pessoa for à UFSC fazer somente as optativas de Arq&Urb, ela vai ter uma visão completamente diferente do curso, do que eu e meus colegas temos dele, por exemplo.

Prédio onde tenho minhas aulas aqui em BP <3

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Meu quase um mês em Budapeste

Oi gente!!! Duas semanas depois da primeira postagem, cá estou eu cheia de coisa pra contar, mas lembrando de muito pouco - hehe. Bom, gostaria de falar pra vocês sobre meu cotidiano (desde quando eu achei casa até hoje) e algumas outras coisas aleatórias que não se encaixam em um só assunto. Vamos lá!
------------------------ Pausa para um aviso ------------------------

Gente, achei que eu não precisaria dar esse aviso (por ser algo meio óbvio) mas acho que não ficou tão explícito quanto eu esperava:

O blog se chama Camila na Hungria, traduzindo: Euzinha na Hungria. Com isto, chega-se a conclusão de que: É o meu blog! Ou seja: minhas experiências, minhas percepções, meu olhar, meu cotidiano, etc... Não vou falar aqui coisas que eu não tenha vivido ou algo que eu não tenho sentido, ou deixar de falar algo que eu vi ou que senti. Mas tenham em mente que isso é tudo muito pessoal, afinal, são as minhas percepções registradas aqui! Então não se sinta ofendido (caso você seja húngaro) ou ache que eu estou inventando coisa porque o que eu escrevo aqui não aconteceu com você. Por favor! Algumas pessoas se sentiram um pouco incomodadas no último post onde eu comento sobre as diferenças culturais daqui, principalmente na parte da balada. Mas enfim, espero que tudo esteja entendido agora!

Camila | Euzinha | Quem escreve | OLÁÁÁÁÁ!!!


------------------------ Aviso dado, vamos ao que interessa! ------------------------

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Finalmente em Budapeste!

No meu 12º dia na Hungria, começo a escrever no meu Diário de Viagem (ou na tentativa de um). É aqui que eu pretendo contar um pouquinho de como está sendo esse ano maravilhoso aqui em Budapeste.

Bom, vou tentar ser rápida no relato do que aconteceu nestes 12 dias.

Cheguei dia 22 de Janeiro, e fui recebida pelos meus (até então virtuais) queridos amigos que chegaram um cadin antes de mim! Ver aquele povo com uma plaquinha e meu nome, pra mim, foi a melhor maneira de iniciar essa etapa tão marcante da minha vida.

Chegada em Budapeste - Eu linda fazendo moda na 1gria, de cachecol laranja e touca de lhama. Mto bem.